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Juízes de primeira instância em Mato Grosso passaram a indicar, nos últimos dois anos, uma câmara privada de mediação que pertence à filha de uma desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado. Despachos das varas de Rondonópolis e Cuiabá mostram que a Converge Resolve foi a escolhida justamente no período em que a desembargadora Clarice Claudino da Silva presidiu o TJMT, entre 2023 e 2024. A Converge pertence às advogadas Francielle Claudino Pereira Brustolin e Nalian Borges Cintra Machado. Aberta em 2022, a empresa ganhou força a partir de 2023, quando Clarice assumiu o comando do tribunal. Desde então, passou a disputar espaço com outras quatro câmaras cadastradas no TJMT — é a mais nova entre as cinco reconhecidas oficialmente. Além de mediação, oferece também arbitragem, procedimento extrajudicial cujos valores são mais altos e não ficam sujeitos ao crivo da Justiça comum. A maior parte das nomeações partiu do juiz Renan Carlos Leão Pereira do Nascimento, da 4ª Vara Cível de Rondonópolis: ao menos dez processos, quase todos recuperações judiciais de grupos do agronegócio, foram encaminhados à Converge. Os valores em disputa variam de 100 mil a 100 milhões de reais. Em um dos casos já identificados, o fundo de investimento Treviso tenta receber cerca de 7 milhões de reais do grupo Libra Bioenergia, em recuperação judicial; o processo ainda não foi encerrado.
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